sexta-feira, 23 de outubro de 2009

RICKENBACKER 4001




Rickenbacker International Corporation, também conhecida como Rickenbacker é uma fabricante de Instrumentos Musicais, principalmente guitarras e baixos. Fundada em 1931 por Adolph Rickenbacker e George D. Beauchamp, começou a ter sucesso quando a banda The Beatles surgiu para o grande público no início dos anos 60, quando o integrante, líder e vocalista da banda, John Lennon usava uma Rickenbacker 325C58, John as usava desde os anos 50. Em 1964, George Harrison, também dos Beatles, ganhou de presente uma edição limitada do diretor da empresa. Era uma Rickenbacker 360/12C63 de 12 cordas. John também foi presenteado com uma Rick 325C63. A Rickenbacker fabricou apenas 25 unidades deste modelo, sendo a de Harrison a de n° 2. Usada por George em praticamente todo álbum "A Hard day's night", tornou-se ainda mais conhecida por outras bandas da época, como The Byrds e The Who. Outro famoso baixista que ajudou a tornar os baixos da Rickenbacker, ou simplesmente RK, conhecidos mundialmente foi , além de Paul MacCartney , LEMMY KILMISTER, então baixista da banda de rock'n'roll Hawkwind, posteriomente, ele fundou o power trio MOTORHEAD, em atividade até no dias atuais. Lemmy tem preferência em usá-lo em seu formato Stéreo,(os RK possuem duas saídas mono, que também trabalham em stéreo, conforme ele é ligado ) e preferencialmente distorcido, pois a elétrica dos RK favorece este efeito. Sempre com modelos diferentes e inovadores das tradicionais Les Paul, Stratocaster e Telecaster, as guitarras Rickenbacker tornaram-se símbolo do Britsh Pop dos anos 60.

Crédito para Rodrigo Rorame


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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

FENDER PRECISION BASS




Planta do contra-baixo Fender Precision

Até o início dos anos 50, bandas de jazz, rock'n'roll e blues só conheciam os contra-baixos acústicos, grandes e bastante pesados. A introdução do Precision Bass pela Fender causou uma verdadeira revolução na maneira de tocar dos baixistas, pois o instrumento era bem mais leve, elétrico, feito de madeira sólida e possuia trastes marcando o braço, características herdadas das guitarras elétricas que estavam chegando no mercado, além de proporcionar mais liberdade e versatilidade ao baixista: agora seu instrumento poderia ser pendurado no seu ombro por meio de uma correia ou até mesmo tocar sentado, com o instrumento no seu colo. Apesar de ter sido lançado quase 15 anos depois do primeiro contra-baixo elétrico do mesmo estilo, produzido pela Audiovox, o P-Bass foi o primeiro a ser produzido em larga escala. Com a explosão de sucesso entre os baixistas da época, a Gibson, arquirival da Fender na briga pelo mercado de intrumentos musicais e amplificadores, lançou um modelo em 1953, mas não obteve muito sucesso. A Danelectro também tentou lançar um modelo na mesma época, mas sua construção era muito pobre, assemelhando-se a uma guitarra afinada uma oitava abaixo. O único baixo que posteriormente veio a dividir o espaço do mercado com este baixo foi o Jazz Bass, da própria Fender, dez anos depois.

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HOFNER CAVERN 1961





Planta do contra-baixo Hofner Cavern 1961

O dia em que um Hofner mudou a história da música. Foi nesse dia que Paul MacCartney comprou então um baixo Hofner 500/1 fabricado em 1961. Um modelo com o corpo em forma de violino, escala curta, acabamento sunburst de dois tons e dois captadores montados perto um do outro e próximos ao braço. O braço possui três peças de madeira. Os captadores não têm polos aparentes e suas capas metálicas apresentam estampado um logotipo em forma de losango (diamond logo). No headstock o logotipo fica na vertical. As tarraxas são individuais, com as extremidades ovais de plástico. O painel dos controles, em celulóide imitando madrepérola, é estreito. O escudo também é feito na imitação de madrepérola. Seu som é grave, quase sem definição devido ao seu corpo oco. Um instrumento extremamente leve e confortável porém pouco resistente. Esse baixo que Paul comprou era feito por encomenda pela Höfner e, por sorte, a loja tinha um exemplar. Instrumentos canhotos eram difíceis de se achar. Logo esse instrumento se transformaria na marca registrada de Paul e seria oficialmente chamado de Höfner Beatle Bass. Foi usado em concertos e estúdio até o álbum With The Beatles, quando foi substituído por um modelo atualizado. Nessa época, o estado de seu primeiro Höfner era deplorável devido ao uso excessivo, inclusive com os captadores caindo e sendo presos por fita adesiva. Em 1964 ele foi reformado ganhando um novo sistema de fixação nos captadores, um acabamento sunburst de três tons e Knobs novos, sendo deixado como baixo reserva na turnê de 1964. Paul o deixou de lado até em 1968, quando apareceu tocando o no clipe de Revolution e também nas filmagens de Let it Be. Durante as gravações nos estudios em Twickenham ele foi roubado e nunca mais foi visto,  o resto é história.

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

MARIO MACCAFERRI (1900-1993)




Planta do violão Selmer Macaferri

Mario Maccaferri (1900-1993) teve muito sucesso em suas carreiras como concertista, luthier e com suas inovações na área de plásticos como homem de negócios. Foi aprendiz do luthier italiano Luigi Mozzani quanto tinha 11 anos e estudou violão clássico no Conservatório de Vienna 5 anos depois e não deixou o aprenziado com Mozzani até os 24 anos. No meio tempo entre os concertos  Maccaferri encontrou tempo para construir seus violões, mas em 1929 foi trabalhar na Selmer, uma fábrica Inglesa, supervisionando a construção do violão que ele desenvolveu.  Maccaferri teve uma produtiva carreira na Selemer, produzindo e desenvolvendo guitarras com alto grau de inovação. O violão Selmer Maccaferris era reconhecido imediatamente por seu corpo curvado, seus corte e a boca em forma da letra D e também a versão oval. Após sua carreira como concertista ser abreviada por um acidente quando nadava, e sua mão direita foi parcialmente comprometida, ele deixou a Selmer com uma disputa sobre seu contrato para abrir seu próprio negócio na França, onde já havia supervisionado uma fábrica da Selmer. Após um relativo sucesso no pequeno espaço de tempo em que ficou na França, ele mudou  seus negócios para Nova Iorque as vésperas da segunda  guerra em 1939, onde começou a produzir produtos de plásticos, inclusive instrumentos, como o Ukulele, que foi um tremendo sucesso, vendendo mais de 9 milhões de unidade entre 1949 e 1969.  Mario Maccaferri morreu em 1993, enquanto trabalhava no projeto de um violino de plástico, deixando como legado uma longa e produtiva carreira.

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Como fazer o braço
Planta parte 1
Planta parte 2
Vídeo: Uma breve história da guitarra Selmer Maccaferri

terça-feira, 6 de outubro de 2009

ANTONIO DE TORRES (1817-1892)




Planta do violão clássico Torres.

Antonio Torres nasceu em Alméria, Espanha, em 1817 e faleceu nesta mesma cidade em 1892. Tendo aprendido o ofício de carpinteiro inicialmente, entrou mais tarde como aprendiz na oficina do conceituado luthier Juan Pernas. Logo que conseguiu proficiência na nova profissão, mudou-se para Sevilha onde, no seu segundo casamento teve como padrinho o violonista Julian Arcas que o apoiou e o incentivou de tal modo que Torres resolveu dedicar toda sua vida à construção de violões. Não levou, porem muito à sério, aparentemente desiludido com a profissão e com aquilo que ela lhe proporcionava economicamente. Deixou Sevilha e retornou a sua cidade natal, onde se estabeleceu com uma loja de cristais que manteve até seu falecimento em 1892, tendo, no entanto, construído alguns poucos violões nesse intervalo de tempo, atendendo alguns pedidos de amigos e vizinhos de sua cidade. O grande mérito de Torres foi estabelecer o desenho definitivo do violão, mais precisamente o formato e as dimensões da caixa acústica. Aperfeiçoou a forma de 8 combinando as faixas acinturadas com um bojo maior, aumentando também a altura das faixas, o que trouxe notável melhora na sonoridade do instrumento, tanto em volume, quanto em timbre, em comparação aos modelos mais antigos, de caixa acústica menor, faixas estreitas e cintura pouco pronunciada. Entretanto, não é correto pensar que ao simplesmente aumentar o tamanho do instrumento estará assim melhorando as suas qualidades. Há limites impostos pela natureza das cordas, pelo seu comprimento e pela própria tessitura do instrumento. À medida que se aumentam as dimensões da caixa acústica, entre outros efeitos, ocorre uma sensível perda nos harmônicos superiores, a maior resposta passa a ser na região grave e esta, por sua vez, embora mais intensa, começa a adquirir certa indefinição que é devida ao aparecimento de harmônicos indesejáveis. O violão clássico deve oferecer equilíbrio entre as regiões grave, média e aguda e não pode deixar de ter a extensa gama de timbres que, de certo modo, compensa sua sonoridade modesta. Essa necessidade impõe um limite às dimensões da caixa acústica e Torres soube entender esse limite, motivo pelo qual mesmo os melhores violões da atualidade bem pouco se afastam do plano usado por ele.

Crédito para Izidro Garcia

IGNACIO FLETA (1897-1977)





Planta do violão clássico Fleta.

Os violões Fleta são reconhecidos pelo seu poderoso som. Trabalhando em duas pequenas salas ligadas na antiga Barcelona, Fleta iniciou sua carreira construindo instrumentos de arco. Seu primeiro trabalho como luthier foi um violoncello em 1920. Seu primeiro violão foi construído em 1930 e, apesar das dificuldades no fornecimento de matérias-primas geradas pela Guerra Civil Espanhola, ele não interrompeu suas atividades neste período. Após sua morte em 1977, seus filhos Gabriel e Francisco deram continuidade ao trabalho de seu pai, produzindo instrumentos de grande  expressão sonora que ainda fazem jus ao nome Fleta.

Créditos para Izidro Garcia

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MANUEL HERNANDES (1895-1975) y VICTORIANO AGUADO (1897-1982).



Planta do violão clássico Hernandes y Aguado.

A parceria Hernandes y Aguado foi o de maior sucesso na história da luthieria. Os dois amigos se conheceram quando trabalhavam em uma empresa de piano, no início do século 20. Hernandez era um grande marceneiro e Aguado um especialista em acabamentos. Em 1941, eles decidiram se associar em um atelier de pianos e restauro de móveis antigos. Aguado também era um entusiasta do violão, com Hernandes, construíram dois violões que tiveram grande aceitação do HT Real Conservatório de Madrid. Encorajados pelo sucesso inicial, eles investiram em seguida, na arte da construção de violões, fazendo pesquisas que levaram à melhoria constante dos seus instrumentos.

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JOSÉ LUIZ ROMANILLOS (1932- )



Planta do violão clássico Romanillos.

Romanillos nasceu em Madri e, com apenas 13 anos de idade, iniciou seu aprendizado em marcenaria. Aos 34 anos mudou-se para a Inglaterra, onde se casou e teve três filhos, dos quais, Liam Romanillos, viria a se tornar seu parceiro profissional, em 1991. Pai e filho mantêm em atividade seu atelier até os dias de hoje.

Crédito para Izidro Garcia.


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SANTOS HERNÁNDEZ (1874-1943)





Planta do violão clássico Santos Hernandez.

Aquele que foi o mais primoroso construtor de violões flamencos do século XX, Santos Hernández, produzia também finíssimos instrumentos de concerto. Hernandez foi aprendiz de Manuel Ramirez. Juntamente com seu mestre, Ramirez, com Antônio Torres, Domingo Esteso e Marcelo Barbero, indiscutivelmente, compôs o grupo dos responsáveis pelo desenvolvimento da verdadeira arte dos violões flamencos.

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